Logo que começou a articular as primeiras frases, por volta de 1 ano e meio de idade, João percebeu duas coisas sozinho: a primeira, foi que tanto gente grande como gente pequena tinham alguma coisa diferente que fazia com que fossem identificados como moça/moço, menino/menina, homem/mulher. Ele também percebeu que os adjetivos tinham sua forma de marcar essas diferenças, e que as palavras terminadas em "a" eram femininas e as em "o", masculinas. Nessa época, ele também se referia a si próprio na terceira pessoa (tipo o Pelé), então, era sempre: "O João quer tetê", por exemplo. Um dia, tentando enquadrar-se em um dos dois gêneros que ele, instintivamente, já havia identificado, falou para a mamãe: "O João é moço". Ao que ela ensinou: "Não, o João é criança". E ele, que desde muito cedo se já se preocupava em falar corretamente, corrigiu: "O João é crianço!"
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