Desde muito cedo, João percebeu que lápis e papel representavam bem mais que a simples possibilidade de rabiscar. Esses dois objetos mágicos podiam expressar o que ele via e sentia a respeito das coisas e das pessoas. Certa vez, logo após ter completado 2 anos de idade, num traço só João fechou um círculo, o que já deixou sua coruja mãe bastante impressionada. Maior foi o espanto dela quando viu que ele começava a colocar olhos, nariz e boca, formando uma figura que ele afirmava ser "a mamãe". Quando colocou pequenos círculos em volta da cabeça, ela logo perguntou: "isso são meus cabelos?", ao que ele, sem tirar os olhos do papel respondeu: "não, isso é a música". E, sem desviar a atenção de sua "obra", calmamente foi desenhando mais "música" na altura da garganta. Ele já havia percebido que é de lá que saem todos os sons que sua mãe cantarola depois de produzi-los na caixola.
oh, tudo bem que estou condicionado, mas marejar meus olhos logo cedo com a beleza dessa historinha é uma delícia.
ResponderExcluirFoi lindo ver o bloquinho que o papai Ariel fez com este desenho! Me emocionei e não me esqueci mais da história e com esta manifestação de amor, porque convenhamos pra definir a cabeça da mamae assim, de um jeito que quem conhece concorda na hora, só pode ser coisa de mãe e filho, só pode ser Amor Divino!
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